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Centro Civico do Estreito
13 de Janeiro de 2012
Está a amanhecer no Fanal até 31 de março
 
Uma exposição de pintura e esterogramas da autoria de Marcos Milewski está patente ao público no Centro Civico do Estreito. “Está a amanhecer no Fanal” é o título atribuído à exposição que poderá ser visitada até 31 de março.
A beleza natural do Fanal serviu de inspiração ao artista argentino e que reúne uma dezena e meia de novos trabalhos. Este é também um pretexto para realizar uma série de obras sobre o Fanal, um lugar que o artista reputa como "mágico".
Milewski cria como que uma narrativa aberta, na qual surgem bicicletas, pessoas (e sempre com a figura feminina em destaque) a pintar. A sensação é a de que se tecem pequenas histórias, em ligação com a paisagem.
As fontes de inspiração do artista são a confluência de várias culturas e influência, não estando a associado a um movimento estético específico.
   
Marcos Milewski dedica-se ao desenho e pintura, tendo frequentado a Escola de Belas Artes da Universidade Nacional de Córdoba, Argentina e estudou gravura com S.W. Hayter no Atelier 17, Paris, França e atualmente vive na Madeira
O crítico e professor João Ferreira Duarte (Universidade de Lisboa) caracteriza o trabalho de Milewski nos últimos anos, "por uma intrigante inversão irónica se pode dizer que a pintura de Marcos Milewski ilustra uma espécie de «ardil da representação», em que a dualidade essência/aparência (ou representado/representante) é convocada na memória cultural do observador para ser suavemente problematizada, radicalmente dissolvida. Os seus quadros funcionam como imagens de imagens, simulacro, alusões e citações saídas de mil centros da cultura, como diria Barthes, (...) recortes de outros signos, colagens de materiais iconográficos que povoam o universo visual que nos rodeia. Por isso, à boa maneira pós-moderna, o que a pintura de Marcos Milewski representa é, em última análise, ela própria".
   
  
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