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Memorias do Estreito
21 de Agosto de 2014
Recordando a Festa das Vindimas
A Festa das Vindimas deste ano, realiza-se entre os dias 5 a 7 de Setembro. A primeira edição teve lugar em 1963. Recorde, através de fotografia alguns dos aspectos mais marcantes desta festa que anualmente leva milhares de pessoas à vila do Estreito de Câmara de Lobos.
Festa com história
A freguesia do Estreito destaca-se das restantes pelo grande desenvolvimento comercial, sendo a actividade mais característica a agricultura, onde a cultura da vinha assume papel relevante.
Em sua honra realiza-se todos os anos, no final do Verão, a “Festa das Vindimas”, considerado o mais importante certame cultural e promocional da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos. A festa teve lugar pela primeira vez em Setembro de 1963, numa organização da então Delegação de Turismo da Madeira (hoje Direcção regional de Turismo). Depois de um intervalo, a festa das vindimas volta ao Estreito. Em 1979, como complemento das festas realizadas no Funchal pela Secretaria Regional do Turismo e Cultura. Consta de grande animação musical, com conjuntos musicais, bandas de música e grupos folclóricos. Decorrem desfiles alegóricos, pisa de uvas e ainda uma mostra das actividades da freguesia. A festa das vindimas, como iniciativa organizada e realizada com objectivos promocionais surge, na Madeira, pela primeira vez em 1938, repetindo-se depois em 1953, ano em que encontramos a freguesia do Estreito de Câmara de Lobos a se fazer representar no respectivo no cortejo realizado, no Funchal, no dia 20 de Setembro, com três carros alegóricos: o primeiro com um grande cesto de uvas, o segundo com uma pipa e alguns objectos de verga, e o terceiro com um pedestal enfeitado a cedro, tendo no cume um retrato a carvão do Sr. engenheiro Amaro da Costa e duas quadras alusivas ao mesmo quadro. Neste camião seguiam alguns produtos da terra, ofertados por pessoas generosas da freguesia. Entre os carros seguiam os borracheiros cantando canções apropriadas à época das vindimas e um rancho da freguesia cantando versos de autoria popular com elogiosas referências às autoridades administrativas, ao governo da Nação e ao organizador desta romagem, o Dr. António Vitorino de Castro Jorge, médico na freguesia do Estreito. Ainda que em 1954 e 1955 tivessem sido organizados no Funchal certames semelhantes, só em 1963 é que as festas das vindimas, assumem pela primeira vez o objectivo de promoção turística da Madeira e do seu vinho, a nível internacional e, por esse facto, passam a ser organizadas pelas entidades ligadas ao turismo e estruturadas de forma a melhor cumprirem tais metas. Organizada pela então Delegação de Turismo da Madeira, na altura presidida pelo prof. José Rafael Bastos Machado, as festas das vindimas de 1963, realizadas no dia 15 de Setembro, tiveram como palco a freguesia do Estreito de Câmara de Lobos e constituíram como que a fase experimental de um cartaz a ser integrado no conjunto de realização do calendário turístico da Madeira. Este novo figurino das festas das vindimas implementado pela Direcção Regional de Turismo e depois pelo organismo que a substituiu, a Secretaria Regional de Turismo, envolvia dois pólos de atracção: um no Funchal e outro na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, onde, para além de um programa de animação musical, tinha lugar a realização de uma vindima ao vivo, um cortejo alegórico e uma pisa de uvas. Enquanto que em 1963, as festas das vindimas tiveram por palco unicamente a freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, armazéns da firma Veiga França, o largo do Patim, a rua da Igreja e o Passal da Igreja (antigo cemitério), onde teve lugar a actuação de grupos folclóricos, as edições realizadas entre 1979 e 1988 centraram-se na Quinta do Estreito, onde tinha lugar a apanha da uva e um pequeno arraial, saindo posteriormente daí um cortejo em direcção ao armazém do Veiga França onde tinha lugar a pisa das uvas. Em 1989 as festividades saiem da Quinta do Estreito para se realizarem no recinto desportivo da Escola Preparatória e Secundária do Estreito. Apesar desta transferência resultar num maior espaço, como contrapartida viria a desvirtuar a iniciativa. Em 1990 não se realizaram festividades na freguesia do Estreito motivo porque, na ocasião Manuel Pedro Silva Freitas, nesse ano eleito para presidente da Junta de Freguesia do Estreito, teceu fortes críticas à Secretaria Regional do Turismo uma vez que pretendia transformar tais festividades num momento de promoção da freguesia. Apesar dos problemas registados, mas prontamente solucionados, as festas das vindimas no Estreito de Câmara de Lobos, viriam a ganhar um novo figurino mais adequado às necessidades e anseios da população estreitense. Deixariam de ser uma "festa para inglês ver" com duração de uma manhã, para se transformar num meio de promoção a nível regional, da freguesia do Estreito e das suas actividades. Com esse objectivo, os festejos relativos às festas das vindimas passariam a se prolongar por três dias e, em 1993, prolongar-se-iam mesmo ao longo de 4 dias. Do programa de festejos, para além da reserva da manhã de sábado destinada à apanha de uvas, cortejo alegórico, pisa e repisa, nas tardes e noites tinha lugar um extenso programa de animação, com folclore e música pop. Em 1993, diariamente teve lugar pisa e repisa de uvas. Como palco para o novo figurino das festas das vindimas na freguesia do Estreito, seria escolhido a rua de João Augusto de Ornelas, que, a partir de 1991 seria transformada numa grande alameda, na margem da qual seriam instalados os stands de mostra de actividades da freguesia e restaurantes. Até 1993 o palco principal das festas seria instalado no fundo desta "alameda", enquanto que o palco e lagar destinado à pisa e repisa das uvas seria instalado no parque infantil localizado no início da rua João Augusto de Ornelas. A partir de 1994, ainda que o local das festas se tivesse mantido inalterado, toda a animação passa a ficar concentrada no parque infantil que para o efeito acabaria por ser totalmente destruído, acabando por ser transformado, fora dos festejos, num parque de estacionamento. Posteriormente, no decurso de 2004 e 2005, o certame passaria para a Rua das Vinhas, nos anos seguintes pelo Mercado Municipal e actualmente na João Augusto de Ornelas, tendo retomado também o figurino original.
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